quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Reabilitação centrada na família - parte 2

A reabilitação centrada na família é abordada em livros, porém também é discutida e analisada em trabalhos científicos.

O cuidado centrado na família é tanto uma filosofia como uma abordagem de prestação de cuidados considerada a melhor prática para a intervenção precoce e para a reabilitação pediátrica. 

A filosofia desse tipo de prática está baseada na crença de que todas as famílias se encontram profundamente preocupadas com suas crianças e desejam cuidar delas e apoiá-las, e que têm condições, quando bem orientadas, de participar ativamente de sua reabilitação. 

Esse tipo de atendimento baseia-se na colaboração.

No cuidado centrado na família, a família é envolvida em todos os níveis do tratamento.

Thomas e Johnson apontam seis papéis que a família pode assumir com o passar do tempo conforme as necessidades de sua criança se modificam, como especialistas nos cuidados prestados ao seus filhos, como coordenadora do atendimento prestado, como consultora e conselheira, como orientadora dos profissionais que passam na vida da criança, como provedora de suporte  e como defensora e fonte de esperança.

Compreender e respeitar os papéis dos pais aumenta os esforços de colaboração. 

Como profissional, o fisioterapeuta e os profissionais da equipe de reabilitação precisam aprender a capacitar e potencializar as famílias.

Uma parte importante do programa de tratamento é estabelecer metas alcançáveis. Para maximizar os resultados do tratamento, a equipe deve identificar as metas e os objetivos do paciente após sua avaliação, levando em consideração as expectativas da criança e da família. 

Os valores culturais e étnicos, a percepção da doença e o próprio processo da doença, a organização familiar, a rede familiar e o suporte familiar e os recursos da comunidade devem ser levados em consideração. 

A reabilitação deve englobar todos os ambientes da criança, domiciliar, escolar, comunitário.

A melhor abordagem do fisioterapeuta é aquela que atinge todos os ambientes e todos os profissionais que acompanham a criança, sejam eles, pediatra, neuropediatra, terapeuta ocupacional, professor, psicólogo, professor de educação física, fonoaudiólogo, nutricionista, sempre havendo a troca de informações.

Avaliar a criança em ambiente domiciliar e escolar, sempre que houver a necessidade. 

Ao trabalhar em conjunto com os membros da equipe escolar e com a família, o fisioterapeuta tenta proporcionar melhor qualidade de vida a essas crianças e famílias. Trabalhar como membro dessa equipe pode incluir o planejamento de como incorporar técnicas de manuseio da criança e o uso de equipamentos de adaptação à sua rotina diária. 

Além disso, utilizar a criatividade e explorar as diferentes opções de tratamento que possam ser integralmente incorporadas ao ambiente doméstico e escolar são um benefício para as crianças que apresentam limitações funcionais. As famílias precisam participar do tratamento.

O respeito pela família e pela compreensão que ela tem da criança precisa ser demonstrado.


Como profissional de saúde, o fisioterapeuta deve fornecer informações e, esclarecer dúvidas que a família possa ter sobre o processo e o prognóstico da doença.

Baseei alguns pontos desse post no livro Reabilitação Neurológica Prática, com aquilo que concordo, porém complementei e explorei alguns pontos que não são explorados no livro.

No próximo post mostrarei a vocês um artigo científico que analisa a reabilitação centrada na família e seus resultados no processo de reabilitação da criança com traumatismo crânioencefálico.

Fonte:
- Reabilitação Neurológica Prática
Autores: Darcy Umphred e Constance Carlson
Editora Guanabara Koogan e Ed. LAB

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