A reabilitação centrada na família é abordada em livros, porém também é discutida e analisada em trabalhos científicos.
O cuidado centrado na família é tanto uma filosofia como uma
abordagem de prestação de cuidados considerada a melhor prática para a
intervenção precoce e para a reabilitação pediátrica.
A filosofia desse tipo de prática está baseada na crença de
que todas as famílias se encontram profundamente preocupadas com suas crianças
e desejam cuidar delas e apoiá-las, e que têm condições, quando bem orientadas, de participar ativamente de sua reabilitação.
Esse tipo de atendimento baseia-se na
colaboração.
No cuidado centrado na família, a família é envolvida em
todos os níveis do tratamento.
Thomas e Johnson apontam seis papéis que a família pode
assumir com o passar do tempo conforme as necessidades de sua criança se
modificam, como especialistas nos cuidados prestados ao seus filhos, como coordenadora do atendimento prestado, como consultora e conselheira, como orientadora dos profissionais que passam na vida da criança, como provedora de suporte e como defensora e fonte de esperança.
Compreender e respeitar os papéis dos pais aumenta os
esforços de colaboração.
Como profissional, o fisioterapeuta e os profissionais da equipe de reabilitação precisam aprender a
capacitar e potencializar as famílias.
Uma parte importante do programa de tratamento é estabelecer
metas alcançáveis. Para maximizar os resultados do tratamento, a equipe deve identificar as metas e os objetivos do paciente após sua avaliação, levando em consideração as expectativas da criança e da família.
Os valores culturais e étnicos, a percepção da doença e o
próprio processo da doença, a organização familiar, a rede familiar e o suporte familiar e os recursos da
comunidade devem ser levados em consideração.
A reabilitação deve englobar todos os ambientes da criança, domiciliar, escolar, comunitário.
A melhor abordagem do fisioterapeuta é aquela que atinge todos os ambientes e todos os profissionais que acompanham a criança, sejam eles, pediatra, neuropediatra, terapeuta ocupacional, professor, psicólogo, professor de educação física, fonoaudiólogo, nutricionista, sempre havendo a troca de informações.
Avaliar a criança em ambiente domiciliar e escolar, sempre que houver a necessidade.
Ao trabalhar em conjunto com os membros da equipe escolar e
com a família, o fisioterapeuta tenta proporcionar melhor qualidade de vida a
essas crianças e famílias. Trabalhar como membro dessa equipe pode incluir o
planejamento de como incorporar técnicas de manuseio da criança e o uso de
equipamentos de adaptação à sua rotina diária.
Além disso, utilizar a
criatividade e explorar as diferentes opções de tratamento que possam ser
integralmente incorporadas ao ambiente doméstico e escolar são um benefício
para as crianças que apresentam limitações funcionais. As famílias precisam participar do tratamento.
O respeito pela família e pela compreensão que ela tem da
criança precisa ser demonstrado.
Como profissional de saúde, o fisioterapeuta deve fornecer informações e, esclarecer dúvidas que a família possa ter
sobre o processo e o prognóstico da doença.
Baseei alguns pontos desse post no livro Reabilitação Neurológica Prática, com aquilo que concordo, porém complementei e explorei alguns pontos que não são explorados no livro.
No próximo post mostrarei a vocês um artigo científico que analisa a reabilitação centrada na família e seus resultados no processo de reabilitação da criança com traumatismo crânioencefálico.
Fonte:
- Reabilitação Neurológica Prática
Autores: Darcy Umphred e Constance Carlson
Editora Guanabara Koogan e Ed. LAB
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